Tambores do Equador: Carlinhos Brown dança o legado afro-amapaense em épico no Globoplay
- Silvio Carneiro
- há 3 dias
- 2 min de leitura

Sob o traço invisível do Equador, o coração africano do Amapá reverbera para o Brasil inteiro nesta sexta, 12, com a chegada de Amazônia Negra: Expedição Amapá ao Globoplay. Dirigido por Marcel Lapa e produzido pela Join Entretenimento e Tha House Company, este mergulho de 42 minutos leva Carlinhos Brown por veias ribeirinhas de memória, celebrando o Marabaixo – tesouro imaterial tombado pelo Iphan que pulsa como veia viva da nação.

Em 2025, Brown navega por Oiapoque, Mazagão, Macapá e quilombos como Curiaú, onde estradas de terra e águas escuras sussurram segredos de ritos e tambores. A fusão da Bahia com o Norte amazônico gera faíscas culturais: ritmos baianos entrelaçam-se aos cortejos marabaixeiras, criando uma partilhada que transcende fronteiras.
No fervor de Macapá, sob olhares de uma multidão aberta, a comunidade coroa Brown embaixador do Marabaixo pelo Governo do Estado – um pacto selado em honra e batidas que unem o passado escravizado ao presente radiante.
Rios de memória e o chamado do mar
As vestes multicoloridas dançam como bandeiras de resistência, enquanto vozes orais desenterram raízes: o nome "Marabaixo" carrega o lamento dos navios negreiros, corpos devolvidos "mar abaixo", como desvenda a dançarina Samanda Carvalho nos barracões onde o Ciclo eterno renasce.
Marcel Lapa, carioca tocado pelo feitiço nortista, confessa a epifania: "Nunca imaginei tamanha potência. O Amapá me incendiou para espalhar essa chama de união, alegria e raízes profundas". Brown, espalhando o axé ancestral, proclama: "Minha essência é africana, não da cadeia da escravidão – e o que conquistei é herança das tradições, não só meu esforço".

Clicia Vieira Di Miceli, secretária de Cultura, exalta o eco nacional: "Marabaixo é a pulsação da alma amapaense: memória viva, fé inquebrantável, resistência que pulsa". Josilana Ramos, à frente da Fundação Marabaixo, vibra com o alcance: "Numa vitrine como essa, com sensibilidade pura, nossa grandeza afro-brasileira ganha asas – orgulho para os guardiões da chama".
O filme ainda saboreia pratos amazônicos fumegantes e junta Brown a criadores locais, ampliando o banquete cultural onde o ontem flui para o amanhã.
Onde e quando pulsar
A estreia explode no Canal Bis à meia-noite de quinta para sexta (12), logo acessível no Globoplay para assinantes. GloboNews reprise em 20 de dezembro, 23h – prepare os tambores.





Comentários