Favela Literária homenageia a escritora Esmeraldina Santos
- juliarojanski
- 17 de ago.
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A programação da Favela Literária começou ontem, em um dos auditórios do Sebrae Amapá, com um momento marcado pela emoção e pela força da palavra: uma belíssima homenagem à escritora amapaense, pedagoga e cantadeira de marabaixo, Esmeraldina Santos, cuja trajetória inspira gerações de mulheres do Amapá.
Um dos pontos altos da homenagem foi a exibição do documentário Fala, Preta, em que Esmeraldina narra sua caminhada como mulher preta da Amazônia, revelando memórias, lutas e conquistas ao longo de sua vida. O público pôde acompanhar de perto a força de sua voz e a resistência que marca sua história.

Em sua fala, Esmeraldina destacou a felicidade de ter superado as dificuldades da vida para conquistar seu lugar como escritora e pedagoga. “A alegria maior é saber que venci e que hoje posso ser inspiração para outras mulheres que vivem a mesma luta”, afirmou, sob aplausos calorosos da plateia.

Natanael Santiago e Jéssica Thaís, coordenadores do Favela Literária, entregaram à escritora um Certificado de Reconhecimento, por toda sua contribuição à história cultural do Estado. Alzira Nogueira, presidente da Cufa Amapá, que fez um discurso emocionado sobre a importância de reconhecer e valorizar mulheres que, como Esmeraldina, constroem cultura e memória no estado.

Durante a cerimônia, mulheres do movimento Mulherio das Letras Matinta Perera recitaram poemas dedicados à homenageada, reforçando a dimensão literária e afetiva do momento.
Com essa abertura potente e afetiva, a Favela Literária reafirma seu papel de valorização da literatura, da cultura popular e das vozes que resistem e florescem na Amazônia. A programação literária segue por todo o dia de hoje, com rodas de conversa com autores locais e o lançamento do romance da escritora paraense Monique Malcher, convidada do evento.





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