II Corredor Literário Afro-Amapaense abre em homenagem a Fernando Canto

Como parte da programação do XXX Encontro dos Tambores, o Centro de Cultura Negra Raimundinha Ramos abre hoje as portas para o II Corredor Literário Afro-Amapaense, um espaço dedicado à comemoração da arte, da memória e da identidade amazônica. A edição deste ano presta homenagem a uma das figuras mais influentes da cultura regional: Fernando Pimentel Canto, que foi escritor, compositor, poeta, músico, jornalista e um dos maiores guardiões da essência amazônica.

Autor de mais de vinte livros, Fernando Canto dedicou sua obra a traduzir a Amazônia em palavras. Transformou a floresta em narrativa, o cotidiano em crônica e a alma amazônica em poesia. Seu olhar ajudou a contar a história do Amapá, fortalecendo as raízes culturais que moldam a identidade do estado.

Nascido em Óbidos (PA) e amapaense por escolha e afeto, Canto construiu uma trajetória marcada por talento, compromisso intelectual e profundo amor pela região. Foi presidente da Academia Amapaense de Letras, integrou o Conselho Editorial do Senado Federal e tornou-se referência para escritores, estudiosos e artistas que reconhecem na cultura amazônica uma fonte inesgotável de criação.

A Fundação Marabaixo festeja, nesta abertura, a vida, a obra e o legado de Fernando Canto, um legado que segue iluminando quem acredita na força da palavra, da cultura e da memória coletiva.

Com essa homenagem, o Corredor Literário Afro-Amapaense está oficialmente aberto.