“Fala Preta”: websérie destaca a força de mulheres negras no Amapá
- juliarojanski
- há 2 dias
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Estreou no dia 23 de maio a terceira edição da websérie “Fala Preta”, um projeto que escuta e valoriza as vozes de mulheres negras que fazem história no Amapá. Lançada no canal da AGCOM – Agência Experimental de Comunicação da Unifap – a nova temporada traz três episódios com histórias reais e inspiradoras.
O projeto nasceu em 2020 como uma extensão universitária e, desde então, tem se dedicado a construir memória e representatividade. Na primeira edição, o foco foi nas vivências e lembranças de mulheres negras. Em 2022, a série acompanhou candidatas negras nas eleições, batizando a temporada de “filhas de Marielle”.
Agora, a websérie entra em um novo capítulo. É fruto de um Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), de Brunna Silva e Vinícius Trindade, estudantes de jornalismo da Unifap. A orientação ficou por conta da professora Lylian Rodrigues, que também coordena o projeto de extensão.
“A gente queria que fosse mais do que um TCC. Queríamos deixar uma marca. O Fala Preta virou esse espaço de escuta e memória, onde as histórias dessas mulheres são valorizadas”, contou Brunna, que participa da série desde a edição anterior.

A série conta com três protagonistas: Esmeraldina dos Santos, Durica e Alzira Nogueira.
No primeiro episódio, já disponível no YouTube, conhecemos Esmeraldina dos Santos, pedagoga, escritora e moradora do Quilombo do Curiaú. Sua história é uma ponte entre gerações: ela registra, por meio da escrita, a memória coletiva da comunidade quilombola.

No segundo episódio, é a vez de Durica, nome popular de Maria das Dores Almeida, militante histórica e pesquisadora. Ela é uma das fundadoras do Instituto de Mulheres Negras do Amapá (Imena) e da Rede Fulanas, duas organizações que lutam pelos direitos das mulheres negras no estado.

O episódio final, com estreia marcada para este domingo, 1º de junho, contará a trajetória de Alzira Nogueira. Assistente social e presidenta da CUFA Amapá, Alzira é uma das vozes mais ativas na defesa das mulheres e das periferias. Ela falará sobre a importância da política e do afeto como ferramentas de transformação social.
“Essas mulheres são parte viva da história do Amapá. Quisemos registrar essas vozes com respeito, sensibilidade e muita escuta. A websérie é nossa forma de devolver à sociedade essas histórias que foram por tanto tempo silenciadas”, explicou Vinícius Trindade.
“Fala Preta” é um espaço de resistência, de comemoração e de reconstrução da memória coletiva. Os episódios estão disponíveis no canal da AGCOM no YouTube, e valem cada minuto de atenção.
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