Escritoras amapaenses marcam presença na 23ª Festa Literária Internacional de Paraty
- Silvio Carneiro
- há 12 minutos
- 2 min de leitura
Texto: Lulih Rojanski

As vozes da literatura amapaense ecoam em Paraty (RJ), onde acontece, até o dia 3 de agosto, a 23ª edição da Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), um dos eventos literários mais importantes do país. As escritoras Pat Andrade, Carla Nobre, Cláudia Flor d’Maria, Eliane Duarte, Maria Lua, Ray Amorim e Iramel Lima participam ativamente da programação, representando o Norte com potência, ancestralidade e renovação.
Ao longo dos dias de evento, elas estiveram em mesas temáticas, lançamentos de livros e atividades de intercâmbio, em um ambiente fértil para trocas literárias e culturais. A presença das escritoras reforça a diversidade de vozes brasileiras que constroem novas narrativas para a literatura nacional.
As quatro escritoras também integram o Mulherio das Letras do Amapá – Matinta Perera, movimento que reúne autoras do estado em torno da escrita literária com perspectiva feminista, amazônida e plural. Juntas, elas promovem ações de incentivo à leitura, à escrita de mulheres e à valorização das narrativas produzidas a partir da Amazônia.
Pat Andrade, que também é conselheira de Literatura no Conselho Estadual de Cultura do Amapá, destaca a importância de estar em um evento como a Flip:
“É um momento de escuta, diálogo e visibilidade. Estar aqui é também assumir o compromisso de trazer ideias renovadas para fortalecer o cenário literário do nosso estado”, afirma.
Carla Nobre, escritora e articuladora do Coletivo Juremas, vê na participação das autoras amapaenses um passo essencial para consolidar projetos futuros:
“Essa experiência fortalece nosso fazer literário e amplia as conexões que precisamos para realizar a 3ª Folia Literária Internacional do Amapá, que o Governo do Estado está preparando para o mês de outubro”.

Cláudia Flor d’Maria, integrante do Mulherio das Letras Indígena, participou hoje da mesa temática “Canoa navegando em Paraty”, realizada no auditório do Areal. Com sensibilidade e força, ela compartilhou perspectivas que entrelaçam oralidade, identidade e território:
“Estar nesta mesa foi como levar a palavra que vem do chão da floresta e das mulheres originárias que escrevem com o corpo, com a memória e com a resistência”, disse.
A participação das escritoras na Flip 2025 não apenas celebra suas trajetórias individuais, como também firma um compromisso coletivo com a ampliação de vozes amazônicas no mapa literário nacional. Ao voltarem para casa, elas carregam bagagens cheias de livros, ideias e alianças — sementes para novas histórias no Amapá.
Comments