Fim do Visto Marca Nova Era de Integração entre Amapá e Guiana Francesa
- juliarojanski
- 5 de jun.
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O fim da obrigatoriedade de visto para brasileiros entrarem na Guiana Francesa é o símbolo de uma nova era de integração entre povos vizinhos que compartilham história, cultura e sonhos. O anúncio oficial, feito pelo presidente francês Emmanuel Macron, foi comemorado como uma vitória histórica pelo senador Randolfe Rodrigues, que desde 2007 atua em favor dessa causa.
“A eliminação do visto além de ser um avanço diplomático; representa a abertura de caminhos reais para o fortalecimento das relações econômicas, sociais e culturais entre o Amapá e a Guiana Francesa”, afirmou Randolfe. A conquista, fruto de uma intensa articulação com autoridades francesas e apoio do governo brasileiro, atende a uma antiga demanda da população amapaense, especialmente de Oiapoque, onde a fronteira entre os dois países é uma realidade vivida diariamente.
Nos últimos meses, o Amapá tem sido espaço para eventos que fortalecem a integração cultural com a Guiana Francesa. O ciclo Políticas de Fronteira, realizado em Oiapoque e Macapá, reuniu lideranças indígenas, gestores e agentes culturais para debater ações conjuntas por meio do programa “Diálogos Transfronteiriços”.
Já o Festival Cafezoca Jazz, realizado em maio, transformou Oiapoque em um espaço de encontro musical entre artistas brasileiros e guianenses. Com shows, oficinas e um encerramento ao ar livre, o festival reafirmou a cultura como ponte entre os povos da fronteira.
O conjunto dessas ações mostra que o fim da exigência de visto não é um ponto de chegada, mas de partida. Com mais liberdade para circular, artistas, estudantes, empreendedores e cidadãos comuns poderão ampliar trocas que vão além do turismo: fortalecem a economia criativa, o conhecimento compartilhado e os vínculos comunitários.
A fronteira, antes vista como limite, se transforma em ponte. E nesse novo cenário, o Amapá assume papel de protagonista em uma integração continental que já está em curso, com o apoio da diplomacia, da arte e da vontade popular.
Como reforça o lema do Festival Cafezoca Jazz: "É na fronteira que a gente se encontra." E agora, sem vistos, o encontro é ainda mais livre e promissor.
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