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Festival Amazônia Terra Preta 2025 traz cultura, saberes ancestrais e luta climática

  • juliarojanski
  • 5 de jun.
  • 2 min de leitura


A partir de hoje, até o dia 7 de junho, acontecerá a 4ª edição do Festival Amazônia Terra Preta 2025, que ocupa o Centro de Cultura Negra do Amapá (UNA) com vozes, tambores e saberes de povos tradicionais. O festival se consolida como um manifesto vivo da cultura amazônida, e como uma preparação estratégica para a COP 30, que acontecerá em novembro em Belém (PA).


Organizado pelo Instituto Mapinguari, o festival reúne juventudes indígenas, quilombolas, ribeirinhos, artistas e pesquisadores em um espaço de troca, comemoração e posicionamento político. Com o lema “Guardiões do clima e juventudes rumo à COP das pessoas”, o evento destaca o papel vital da cultura como ferramenta de luta e transformação frente à emergência climática que já impacta diretamente os povos da floresta.


A programação mergulha nas raízes culturais da região, com apresentações de marabaixo, circo, hip-hop, DJs, música indígena e contemporânea, em uma fusão que honra a ancestralidade e projeta novos caminhos. Sobem ao palco nomes como Izza Brown, Rincon Sapiência, Nic Dias, Verônica dos Tambores, o grupo de marabaixo União dos Devotos de Nossa Senhora da Conceição (Igarapé do Lago), Tocadores do Norte, Casa Circo, além dos DJs Dominatrix, Nelson Moreno e Insane.




A riqueza cultural também estará presente na Feira da Sociobiodiversidade, que encerra o festival com moda, arte gráfica, arte indígena, biocosméticos, artesanato e alimentos e bebidas artesanais, expressão direta de um território que resiste com criatividade e saber.


O festival também promove painéis temáticos, oficinas e a primeira edição da Mostra Científica Amazônia Terra Preta, reunindo pesquisas de base comunitária que unem ciência tradicional e acadêmica. São esperadas mais de 2 mil pessoas e delegações de nove estados, o que reforça o evento como um termômetro da mobilização amazônica rumo à COP.


O Esquenta Cultural começa hoje (5), no Bar do Vila, das 19h30 às 23h30, dando seguimento na UNA, amanhã (6) e sábado (7).


O Festival Amazônia Terra Preta 2025 vai além da arte. É cultura como ação climática. É a floresta falando por si, através de quem a vive, a canta, a dança e a defende. Em tempos de emergência, Macapá se ergue como um farol de resistência e futuro.

 
 
 

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