O I Encontro Mulherio das Letras Amapá – Matinta Pereira chegou ao fim na noite desta sexta-feira, 13 de setembro, com um emocionante sarau que reuniu música, poesia e a energia vibrante de mulheres que estão transformando o cenário literário do estado. O evento, que aconteceu na sede do Sindicato dos Servidores Públicos em Educação no Amapá (Sinsepeap), em Macapá, ao longo de três dias, marcou a inserção oficial da literatura feminina amapaense na rede nacional do Mulherio das Letras, movimento criado em 2017 pela escritora Maria Valéria Rezende para dar visibilidade à produção literária de mulheres.
O sarau de encerramento foi um dos momentos mais marcantes do encontro, proporcionando um espaço de expressão para as autoras locais e artistas convidadas, que apresentaram performances cheias de emoção e significado. Poesias autorais, recitais e apresentações musicais foram conduzidos com a força característica do grupo Matinta Pereira, organizador do evento.
Outro destaque da noite foi a presença da poeta e ativista literária Marta Cortezão, que compartilhou experiências de sua trajetória junto ao Coletivo Enluaradas. Cortezão, que reside na Espanha e tem atuado em projetos de divulgação da literatura de autoria feminina, ressaltou a importância de encontros como o do Mulherio das Letras Amapá para fortalecer a rede de apoio entre escritoras de diferentes regiões.
Ao longo do evento, as escritoras amapaenses puderam participar de mesas redondas e debates que abordaram temas como a criação literária, os desafios da produção feminina e a necessidade de ampliar os espaços de divulgação das obras de mulheres. Além disso, o lançamento da Antologia II Tomo das Bruxas – Corpo & Memória, uma coletânea organizada por Marta Cortezão, deu ainda mais visibilidade à produção literária de autoras locais e internacionais, consolidando o protagonismo feminino no estado.
O encerramento do encontro foi, segundo as organizadoras, apenas o primeiro passo para a consolidação de uma rede literária de apoio às autoras do Amapá. O sucesso do evento mostra o potencial da literatura feminina no estado e a necessidade de criar novos espaços para que essas vozes continuem ecoando.
Com a energia vibrante do sarau e a certeza de que novas iniciativas surgirão, o Mulherio das Letras Amapá – Matinta Pereira encerra seu primeiro encontro, deixando uma marca profunda no cenário cultural amapaense e reforçando a importância de dar visibilidade à literatura produzida por mulheres.