Em seu mais recente trabalho, "Conscioismo" (UICLAP; 2024), Allex Odonno nos convida a uma reflexão profunda sobre a arte e o papel do conhecimento e da identidade na criação artística. O livro, que traz na capa uma belíssima arte assinada por David Ronan e Baby Ork, propõe, já em seu "manifesto" introdutório, que a arte é um espelho do passado e do presente, e uma força motriz para o futuro.
Odonno introduz o conceito de "Conscioismo", uma chave metafórica que não apenas abre portas, mas também é uma engrenagem essencial para o funcionamento da máquina da criação. O "conscioista", como ele define, é um pesquisador de suas próprias origens e um participante ativo no todo.
O "manifesto conscioista" enfatiza a importância de valorizar a própria cultura e respeitar a diversidade de gostos, além de destacar a necessidade de explorar escolas e movimentos artísticos para evitar a estagnação e honrar o legado daqueles que vieram antes de nós.
Odonno também aborda o modernismo, descrevendo-o como uma expressão astuta de desejos que se nutria do estrangeiro para exportar de forma única, deixando uma marca indelével na história com uma face autenticamente brasileira.
A literatura é apresentada como o ar que respiramos no cotidiano, um alimento e alicerce para a mente e o corpo. A arte é vista como uma semente, uma planta, um jardineiro e um apreciador.
O "Conscioismo" reafirma a busca constante pelo moderno e pela inovação - o que o próprio Odonno demonstra em seus poemas, contos e fábulas ao longo de todo o livro. Como o conscioista fundador, ele próprio demonstra ser, em sua escrita, alguém que olha além do presente, valoriza a arte do passado e se alimenta dela para vislumbrar o futuro. Ele entende que a engrenagem da arte continua girando e vai além do presente.
Com "Conscioismo", Odonno nos desafia a embarcar em uma jornada de autoconhecimento e exploração artística.
Allex Odonno é macapaense, formado em Letras, membro da Associação Literária do Estado do Amapá - ALIEAP e da Federação Brasileira de Acadêmicos das Ciências, Letras e Artes - FEBLACA. É autor de Panapanã (sonetos), Natalino (romance), Sarau de primavera (poemas), A abelha e o vagalume (infantil), À silhueta do origami (haicai e conto) e O Expresso Halloween (contos).
Para adquirir seus trabalhos, acesse: linktr.ee/allex.odonno
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