Ciclo do Marabaixo 2025 é aberto com fé, tradição e homenagens
- Lulih Rojanski
- 22 de abr.
- 2 min de leitura

Na noite da última sexta-feira, 19 de abril, os campos do tradicional bairro Laguinho, em Macapá, se encheram de cores, sons e memórias vivas com a abertura oficial do Ciclo do Marabaixo 2025. O evento, que festeja uma das mais importantes manifestações culturais do Amapá, teve início no barracão dedicado à grande homenageada do ano: Tia Biló, símbolo de resistência, fé e tradição.

Com o tema “Tia Biló: Centenário de fé, luta e tradição”, a cerimônia de abertura foi marcada por uma atmosfera de devoção e alegria. A programação começou com a tradicional ladainha em louvor à Santíssima Trindade e ao
Divino Espírito Santo — elementos centrais do Ciclo — entoada com fervor. Em seguida, os sons inconfundíveis das caixas de Marabaixo ecoaram pelo barracão, embalando a dança. As marabaixeiras, com suas saias rodadas e passos firmes, deram o tom da celebração. “É a fé que pulsa na caixa e move a gente. E Tia Biló sempre foi esse ritmo que nunca parou”, declarou uma das integrantes do grupo local, emocionada com a homenagem.
Um jantar comunitário reforçou o espírito de união que marca a festividade, reunindo moradores, visitantes e autoridades em uma confraternização saborosa e animada.
O Ciclo do Marabaixo 2025 tem o apoio institucional do Governo do Estado do Amapá, por meio da Secretaria de Estado da Cultura (Secult) e da Fundação Marabaixo, reafirmando o compromisso com a preservação e valorização da cultura popular. Este ano, o evento também conta com um importante reforço financeiro: o mandato do Senador Randolfe Rodrigues destinou meio milhão de Reais para ampliar a infraestrutura e garantir a grandeza da festividade.
Além de seu valor cultural, o Ciclo do Marabaixo tem se consolidado como uma potência turística e econômica para o estado, movimentando a economia local e atraindo visitantes de diversas regiões.

A programação se estende até o dia 22 de junho, passando por vários barracões, com missas, rodas de Marabaixo, cortejos, almoços e muita música. Ao longo desse período, o legado de Tia Biló será celebrado com todo o respeito e alegria que ela representa para o povo do Amapá. Com fé, ritmo e resistência, o Ciclo do Marabaixo segue vivo — e mais forte do que nunca.
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